Eu não sou mais do que um sonho espavorido no silêncio sepulcral
das minhas sombras, onde, fugindo de mim, me encontro, em êxtase, nas masmorras
do meu infortúnio.
Não sou mais do que uma desmesurada massa informe e disforme,
composta, fundamentalmente, de substâncias químicas a colidirem umas com as
outras, convidando-me, incessantemente, à junção das demais ínfimas e significantes
partículas que compõem o Universo.
Anónimo
Anónimo